A vida começa com a primeira inspiração e se prlonga até a última exalação. O alento é a vida, que flui com tal naturalidade que são poucos os momentos em que percebemos o seu valor. No entanto, se compararmos os elementos vitais para a existência, que vai ocupar o primeiro lugar: sem alimento consegue-se substituir durante várias semanas, sem água alguns dias, mas sem ar, morreremos em poucos minutos.
Respirar é viver, respirar bem implica viver melhor, respirar com plenitude significa exisitir plenamente. Acontece que maioria das pessoas respira de forma superficial e insuficiente, utilizando apenas uma ínfima parte da capacidade pulmonar. É uma forma bastante precária de respirar e viver, se considerarmos o potencial que temos para desenvolver.
A cada estado emocional corresponde um ritmo respiratório. Uma cadência ritmada demonstra satisfação, segurança, serenidade. A respiração curta e rápida denota ansiedade, insegurança ou medo. Aprendendo a manipular o ritmo respiratório, conseguiremos sutilizar as emoções, o que irá interferir positivamente nas relações afetivas, no desempenho profissional e na qualidade de vida. Porém, os respiratórios do método DeRose vão muito além, pois através deles tomamos consciência de que a energia vital que compõe nosso corpo é a mesma que configura e movimenta o universo, mostrando-nos outra dimensão de nós mesmos.
O pránáyáma é um excelente aliado para os esportes, especialmente mergulho, surf, natação, artes marciais, atletsmo e outros, por ampliar incrivelmente a capacidade pulmonar e outorgar maior resistência, mais consciência corporal e respostas rápidas a todas as exigências físicas. Também para o canto, teatro ou qualquer qualquer outra atividade na qual seja imprescendível uma voz clara, limpa e melodiosa, predicados que dependem de uma respiração bem aplicada; e ainda para melhorar a qualidade de vida, amenizando o stress advindo do ritmo alucinante dos grandes centros urbanos.
Ao ver da Professora Rosângela de Castro, o Yôga que surgiu há milênios está vários passos á frente da humanidade, no que se refere à evolução do indivíduo. O conhecimento tecnólogico avança por um lado, mas continuamos ignorantes por outro. Ignorantes de nós mesmos. Os sábios da antiguidade, os rishis, nos deixaram uma herança muito valiosa, fruto da auto-observação e do autoconhecimento. A riqueza do Yôga im pressiona.
São milhares de técnicas orgânicas para aprimorar o corpo e a saúde, dezenas de exercícios respiratórios, técnicas de descontração, dexintoxicação e fortalecimento dos órgãos internos, centenas de mantras, inúmeros exercícios de meditação.
Texto Profª. Rosângela de Castro, extraído da Revista Yôga Review, ano I, nº 3.